Odontofobia: entenda o medo de dentista e como devemos ajudar
- Augusto Santos
- 28 de ago.
- 4 min de leitura

A odontofobia (ou dentofobia) é um medo intenso e persistente de ir ao dentista. Esse transtorno específico de ansiedade é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e atinge entre 15% e 20% da população. Diferentemente de um simples nervosismo, ela provoca reações físicas e emocionais fortes, levando muitas pessoas a adiar ou evitar consultas odontológicas.
O que é odontofobia?
A odontofobia vai além de um receio normal de tratamentos: trata‑se de uma fobia específica, classificada como doença pela OMS. Ela se caracteriza por respostas intensas ao pensar em ir ao dentista, como sudorese, tremores, taquicardia, alterações respiratórias e crises de pânico. Algumas pessoas podem desmaiar ou sentir pavor de agulhas, do barulho dos equipamentos e do cheiro do consultório.
Estima‑se que 15% a 20% da população sofra com essa fobia. Para essas pessoas, até uma simples limpeza pode parecer um “pesadelo”, levando‑as a evitar o dentista ou a recorrer a medicamentos para aliviar a dor em vez de tratar as causas que, por sua vez, podem ser:
Medo da dor: a agulha da anestesia, o barulho do motor ou a sensação de sufocamento podem ser gatilhos;
Traumas de experiências passadas: o ambiente do consultório, luzes ou cheiros podem despertar memórias de uma experiência passada traumatizante, infelizmente, ainda comuns em muitos consultórios.
Transtornos psicológicos: ansiedade generalizada, síndrome do pânico ou outras fobias também podem contribuir para o desenvolvimento da odontofobia.
As consequências são severas
O principal risco da odontofobia é a procrastinação das consultas, o que leva ao agravamento de cáries, gengivites, periodontites e até casos mais graves, como cânceres. As pessoas entram num “ciclo de dor e medo”: quanto mais evitam o dentista, mais os problemas bucais avançam, piorando a dor e, consequentemente, a fobia.
Pacientes odontofóbicos costumam recorrer a analgésicos ou antibióticos e adiar o tratamento, o que pode comprometer a mastigação, causar halitose e até levar à perda de dentes. A literatura também mostra que a ansiedade ou a fobia odontológica está associada à irregularidade ou ao abandono das consultas de rotina e que isso tem impacto na autoestima e na saúde mental.
Além das consequências físicas, o medo não compreendido pode gerar isolamento social. Pessoas ao redor, sem entender o tamanho do sofrimento, podem ridicularizar ou minimizar a fobia, agravando ainda mais a situação.
Como os profissionais podem ajudar
Técnicas de relaxamento
Exercícios de respiração lenta e profunda podem ajudar a reduzir a ativação do sistema nervoso simpático e controlar o pânico. Manter o tom de voz baixo e controlado, além de instalar um monitor para que o paciente assista a belas paisagens naturais durante a consulta é uma forma carinhosa de enfrentar a ansiedade. O uso de música ambiente e aromaterapia também é bastante eficaz!
Anamnese cuidadosa
Desde a primeira consulta, procure entender a história do paciente, suas experiências passadas e os gatilhos específicos. Alguns podem se sentir desconfortáveis com sons; outros, com agulhas. Investigar sinais como sudorese, taquicardia, tremores ou náusea permite personalizar o atendimento.
Tecnologia odontológica
O uso de tecnologias como o scanner intraoral, o laser odontológico e as simulações digitais tem transformado o atendimento de pacientes com fobia. O scanner elimina a necessidade de moldes desconfortáveis, tornando o diagnóstico mais rápido e preciso; o laser reduz dor, ruídos e sangramentos; e as simulações digitais permitem que o paciente visualize o resultado do tratamento antes mesmo de começar, trazendo previsibilidade e confiança ao processo.
Acolhimento e comunicação
Validar o medo do paciente, explicar cada etapa do procedimento de forma clara e ser transparente sobre o que ele pode sentir são atitudes que transmitem segurança. A construção de confiança, citada por vários especialistas, é essencial para a superação gradual da fobia.
Dúvidas frequentes
É verdade que a odontofobia é reconhecida como doença pela OMS?
Sim. A Organização Mundial da Saúde reconhece a odontofobia como uma condição real e estima que 15% a 20% da população seja afetada. Embora o diagnóstico específico seja classificado nas categorias de fobias da psiquiatria, a OMS a coloca entre os transtornos de ansiedade. Referência >
Qual a diferença entre medo, ansiedade e fobia odontológica?
O medo é uma reação natural diante de algo desconhecido; a ansiedade é uma apreensão mais intensa, mas ainda proporcional ao estímulo; a fobia é uma resposta irracional e desproporcional, que impede a pessoa de buscar o cuidado necessário.
Quando indicar sedação consciente?
A sedação consciente é indicada quando o acolhimento e as técnicas de relaxamento não são suficientes. Ela ajuda o paciente a manter a calma e cooperar durante o atendimento. Sempre deve ser realizada por profissionais capacitados com a confirmação prévia, via anamnese e demais exames aplicáveis, de quê o paciente não apresentará reações adversas. Na AS, é extremamente incomum termos que recorrer a esta medida.
Nossos diferenciais
✅️ Atendimento humanizado
Nossa equipe se dedica a ouvir e acolher, respeitando o tempo e as necessidades de cada pessoa. A avaliação personalizada faz parte de nossa política, entendendo os gatilhos individuais de cada paciente para ajustar o atendimento de forma sensível e segura.
✅️ Ambiente acolhedor
Consultórios pensados para minimizar estímulos desagradáveis, com iluminação suave, música relaxante, alta tecnologia, sala dedicada ao relaxamento pós-operatório, e demais detalhes que fazem toda a diferença.
✅️ Tecnologia digital
Procedimentos menos invasivos e mais rápidos que reduzem a dor e o tempo de cadeira, ajudando na confiança do paciente: scanner intraoral, laser terapêutico, simulações digitais, cirurgias guiadas por computador, e mais.

Vamos avaliar seu caso?
Agende uma avaliação conosco. Vamos construir um plano personalizado que respeita a sua história, sua rotina e a sua saúde.
AS Odontologia
Avenida Miruna, 262 - sobreloja - Moema, São Paulo, SP
Responsável Técnico: Dr Augusto Santos Mengui, CRO 104467-SP Implantodontista e Mestre pela USP





Comentários